No Rio, o Ministério Público explicou nesta sexta-feira (13) por que
pediu a prisão de um coronel da Polícia Militar pela segunda vez em
menos de um mês.
O coronel Djalma Beltrami foi preso em casa pela Polícia Civil e levado para o quartel general da PM.
Djalma, que é ex-árbitro de futebol foi comandante do Batalhão de São
Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, durante os últimos quatro meses
do ano passado e é suspeito de ter chefiado um esquema de propinas para
não coibir o tráfico de drogas no município.
Por causa da acusação, ele já havia sido preso em dezembro, quando foi afastado do comando da unidade.
A operação da Polícia Civil prendeu outros 12 PMs. Na época, a Justiça
considerou que as provas contra o coronel não eram contundentes e ele
foi solto.
“Eu não tenho nada a esconder. Eu nunca fiz nada errado. Eu nunca
recebi propina na minha vida, eu jamais participaria de um esquema dessa
natureza”, declarou à época Djalma Beltrami.
Depois da libertação do coronel, a Polícia Civil apresentou novas
provas ao Ministério Público. Promotores do Gaeco, Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado, voltaram a pedir a prisão de
Djalma Beltrami. O pedido foi aceito pelo mesmo juiz que tinha
autorizado a primeira prisão.
Na denúncia, os promotores citam um diálogo do coronel com um
subordinado em que Djalma Beltrami ordena a retirada de materiais como
touca ninja, munição não permitida e armamento de uma viatura, para
evitar problemas com eventual fiscalização da corregedoria.
Para o Ministério Público, não há necessidade de interceptações de
conversas do próprio Djalma Beltrami com os traficantes para provar o
suposto envolvimento do coronel com o esquema.
“É um conjunto de provas que se concluiu na participação do comandante
na empreitada criminosa”, avalia o promotor Marcelo Arsenio.
A Defensoria Pública do Rio, que atende a Djalma Beltrami, só vai se
pronunciar depois de analisar todos os documentos da prisão.
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